Motörhead vai lançar material novo agora em dezembro, um play chamado "The Wörld is Yours".
(Por sinal, essa frase é o slogan de Tony Montana no filme Scarface, cuja postagem rascunhei há um mês, não revisei e ainda não postei...). Tem gente aí que já conseguiu baixar o disco, mas eu que sou lerdo, ainda não peguei (quem tiver, me passa no email).
É incrível que aquele figura do Lemmy ainda esteja criando material beirando os 65 anos (que completará em 24 de dezembro, aniversariando junto com outro semideus, o Sr. Jesus Cristo). Por isso, não é injusto falar que ele é o DEUS DO ROCK´N ROLL e seu show é um verdadeiro culto!
O play que será lançado primeiro na Inglaterra, terá lançamento mundial em janeiro de 2011, mesma época em que será lançado em DVD "LEMMY THE MOVIE", um filme biográfico já lançado nos EUA em março deste ano e na Inglaterra agora em outubro. Por sinal, uma honra, a música do "teaser" é "Going to Brazil".
Para quem nunca assistiu ao culto ao vivo, em 2011 haverá uma nova oportunidade, pois a empresa Top Link já divulgou as datas para divulgação do novo play no Brasil:
16/04/2011: São Paulo -Via Funchal
17/04/2011: Curitiba - Master Hall
20/04/2011: Florianópolis - Floripa Music Hall
Motörhead é simplesmente A MELHOR BANDA DE ROCK´N ROLL DO MUNDO. A única que consegue ser unanimidade entre todos os apreciadores do verdadeiro rock, sejam rockers, punks, headbangers, ou que for. Imperdoável perder mais um show deles!
Nick Duerden, do The Independent, conduziu uma entrevista com a lenda viva Lemmy Kilmister:
Sobre a morte:
“Aos vinte anos, você acha que é imortal. Aos trinta, espera que seja. Aos quarenta, reza para que não doa muito. Quando chega na minha idade se convence que a morte pode estar na esquina. Se eu penso demais nela? Difícil não pensar quando se tem 65 anos, filho. Mas se eu morrer logo, estarei satisfeito. Tive uma boa vida, viajei pelo mundo, conheci todo tipo de gente. Fiz as pessoas sorrirem, comi garotas de todas as cores, formas, religiões e persuasões. Me diverti com o Rock and Roll e ele se divertiu comigo. Isso basta”.
Sobre a possibilidade de se aposentar:
“Não imagino isso acontecendo. Minha vida foi feita para ser como é: no fundo de um ônibus, com uma garota que não conheço em meu colo, que irá embora de manhã. É como vivo e isto serve pra mim”.
Mulheres:
“Garotas sempre ocuparam minha vida. A cada verão, essas famílias chegavam de Manchester para as férias. E as meninas me deixavam ocupado”.
Sobre o Motörhead ser rotulado como uma banda de Heavy Metal:
"Não somos Heavy Metal, somos Rock and Roll! Ainda somos. Todos nos descrevem como Heavy Metal, mesmo quando digo que não é. Por que as pessoas não me escutam?”.
Sobre se apaixonar:
“Não é o que todo mundo quer? Mas se apaixonar é terrível. Faz você agir como um idiota. Você entrega sua vida, é horrível, uma tortura. Quem quer viver assim?”.
Se já teve seu coração partido:
“Oh, várias vezes. Mulheres sempre me deixavam porque eu não queria me comprometer. Se você passa a viver com alguém, perde o respeito pela pessoa. Os calçados sujos, as toalhas, os peidos... Isso lhe parece agradável? Para mim não. Quando se está nos primeiros encontros, é tudo baseado no bom comportamento, naquela mágica inicial. Nunca quis que essa mágica acabasse”.
Sobre seu apartamento de dois quartos em West Hollywood, onde vive sozinho:
“E daí? Sempre viví sozinho, crescí assim. Gosto disso. Mesmo quando estou em uma arena, com dez mil pessoas, estou só na minha cabeça. É um estado de espírito”.
Sobre Scotty, seu amigo particular, com quem se encontra no famoso bar Rainbow:
“Não vai durar muito mais. Ele vai casar. Então tudo acabará – ao menos por algum tempo, até que aconteça a velha novela desses casos (risos)”.
Se consideraria participar de um reality-show:
“Não. Não gostei do que fizeram com Ozzy. O trataram como se fosse uma vítima”.
Sobre ser um colecionador de memorabilia nazista:
“Olhe, como sempre disse, não é minha culpa que os caras malvados tinham o que era melhor. Mas não sou um fascista ou skinhead. Apenas gosto do material. E deixe-me dizer uma coisa, os caras que colecionam isso não são um bando de idiotas. São pessoas com formação, doutores, professores. Sempre gostei de um bom uniforme. Na história, sempre foram os caras do mal que usaram isso. Napoleão, os Confederados, os Nazistas. Se tivéssemos bons uniformes do lado do bem, também colecionaria. Mas o que o Exército Britânico tinha? Eles pareciam sapos de brejo”.
Tim Nixon, do The Sun, conduziu uma entrevista com Lemmy Kilmister. Seguem alguns assuntos abordados:
Sobre seu lendário estilo de vida:
“Todo tipo de coisa sobre mim é lendário, não apenas os excessos. Aliás, para mim, nem são excessos mesmo. O que você faz diariamente é normal, certo? Quem se importa se eu bebo? E daí?”
“Não vou promover isso como estilo de vida. Não quero que alguns garotos morram porque ficaram bêbados por minha causa. Se você disser que eu bebo tanto após 35 anos de Motörhead, eles podem pensar: ‘oh, eu posso fazer igual’”.
“Minha voz se dá bem com cigarros. É parte do treino. Tenho que continuar fumando. Se parar, minha voz irá sofrer. Provavelmente não conseguiria fazer meu trabalho se parasse de fumar e beber”.
“Meus antepassados disseram que fumar faz bem. Um conselho foi que isso ajuda a respirar, pois limpa as passagens”.
Sobre se recusar a se comprometer:
“Não faço músicas para vocês, faço para mim. Se eu gostar, vocês vão ouvir. Se também aprovarem, é legal. Mas senão, estou pouco me lixando. Não ouçam o que as gravadoras querem, eles não sabem merda nenhuma. Vendem a música como feijão”.
“Quando assinamos com a Sony, esses filhos da puta apareceram com suas esposas e filhos para uma visita enquanto trabalhávamos. Eu disse: ‘Vão se foder, não escrevo sobre pessoas como vocês, certo? Vão à merda!'”.
Mulheres:
“Não transei até os 17 anos. Vivia no norte do País de Gales, a coisa é lenta por lá. Nunca casei nem vivi com a mesma garota por mais que dois anos. Então, penso que é normal ter uma diferente a cada semana. Caçar garotas é um exercício. É preciso se esforçar. E nada é fácil quando se tem 64 anos, pode acreditar”.