sexta-feira, 19 de novembro de 2010

BURLESQUE BABES


Há alguns anos, o Milton Monstro me mandou um link sobre dançarinas burlescas de época, o BURLESQUE BABES. Lembro que ainda brinquei com ele, perguntando se eram garotas da época dele.

O fato é que coloquei esse site em meus favoritos e sempre recebo as atualizações, porque ele realmente tem um conteúdo muito bom, com fotos de dançarinas, atrizes e pin ups em geral das décadas de 20 a 60, em média, além de uma loja virtual com artigos relacionados ao tema. A sensualidade transparece muito mais pelos trajes e fantasias do que pela nudez explicita ou, como já ouvi dizer, "preferimos as garotas que têm estoque do que as que põem tudo na vitrine".


O "burlesque" surgiu na Europa em meados de 1840, como um show de comédia e música. Apesar do caráter transgressivo das canções e paródias da vida social de suas épocas, os shows "burlesque" eram, basicamente, uma exposição de cunho sensual e, muitas vezes, sexual.

Embora não se resumisse apenas a uma forma de striptease, também não podemos nos fazer de ingênuos a ponto de dizer que eram manifestações puramente artísticas. Mas não podemos afastar do "burlesque" a influência sobre o show business e a forma como passaram a se apresentar as cantoras e atrizes nas décadas que se seguiram. 

Nascida européia, essa arte não poderia ter sido mais americana. Graças ao burlesque temos tantas referências de beleza, que influenciaram desde Marylin Monroe até Dita Von Teese.

"Sem dúvida, porém, o legado principal burlesca como uma forma cultural foi a criação de padrões de representação de gênero que mudou para sempre o papel da mulher no cenário americano e mais tarde influenciou seu papel na tela. . . A simples visão de um corpo feminino não coberto pelo traje aceito da respeitabilidade burguesa forçosamente e divertidamente chamou a atenção para toda a questão do "lugar" da mulher na sociedade americana." Robert G. Allen, Horrible Prettiness: Burlesque and American Culture (Univ. of North Carolina Press, Chapel Hill, 1991), pp. 258-259.

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